quinta-feira, 5 de maio de 2011

OS NOVOS IMORTAIS DA ACADEMIA ACREANA DE LETRAS

(Fonte: http://almaacreana.blogspot.com/2011/05/os-novos-imortais-da-academia-acreana.html)


No dia 28 de Abril último, a Academia Acreana de Letras realizou, no Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, a solenidade de empossamento de seus cinco novos membros. Os ‘novos imortais’ são: Francisco Gregório Filho, Edson Ferreira de Carvalho, Glória Perez, Moisés Diniz e Margarete Edul Prado de Souza Lopes. Os empossados ocuparão as cadeiras em que antes estavam Geraldo Gurgel de Mesquita (10), Luiz Cláudio Castro e Costa (17), Francisco de Oliveira Conde (23), Fernando de Castela (25) e Josué Fernandes (32).
Teatro Plácido de Castro
Foto: Val Fernandes

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FRANCISCO GREGÓRIO FILHO
Francisco Gregório Filho é natural de Rio Branco (AC). Quando adolescente, foi para o Rio de Janeiro, onde se formou em Artes Cênicas (UNIRIO). Foi ator, diretor e produtor de peças teatrais, gestor de programas e projetos culturais nas áreas de música, rádio e teatro. Foi professor do Curso de Leitura, Teoria e Prática, promovido pela PUC/RJ. Na década de 1990 começou a se dedicar às questões da leitura, tendo sido um dos organizadores do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, implantado em 1992, na Biblioteca Nacional (1992 a 1996). Desde então desenvolve oficinas de formação de contadores de histórias para educadores sociais, estudantes e profissionais de diferentes áreas.

Funcionário da Biblioteca Nacional, participou da equipe técnica do Setor Educativo do Paço Imperial, e de maio a outubro de 2010, iniciou a implantação da Secretaria de Promoção da Leitura de Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro, primeira secretaria municipal dedicada à leitura no país. Tem Título de Notório Saber pela PUC/RJ, Condecoração de Ordem ao Mérito do Livro pela Biblioteca Nacional; Pesquisador da UNESCO / PUC/RJ do quadro da BN-MINC. No Acre, criou a rede de Casa de Leitura.

Como contador de histórias, vem se dedicando especialmente a um repertório voltado para os contos populares brasileiros. Seus livros publicados procuram dar conta das muitas histórias vividas e escutadas pelo Brasil a fora. Entre outros trabalhos, escreveu os seguintes livros: Grávidas histórias - Histórias de mulheres do Brasil (1998); Lembranças amorosas (Global); Difícil Passagem (Santa Clara, 2003)); Dona Baratinha e Outras Histórias (Rocco, 2006); Ler e Contar, contar e ler - caderno de histórias (Letra Capital, 2008 e 2011).

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EDSON FERREIRA DE CARVALHO
O mineiro Edson Ferreira de Carvalho é natural de Bambuí. Além de ser Bacharel em Direito (UFAC, 1998) graduou-se em Engenharia Agronômica (UFV, 1984) e fez Mestrado (1986) e Doutorado (1990) em Fitotecnia na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Fez cursos de capacitação na área de Ecologia Florestal na Universidade para a Paz, da Organização das Nações Unidas (Costa Rica) e na Universidade Austral do Chile, bem com de Monitoramento e qualidade ambiental e Direitos Humanos, na Universidade das Nações Unidas (Japão). Participou das seções de capacitação do Instituto Internacional de Direitos Humanos (Estrasburgo, França) e da Corte Internacional de Justiça (Haia, Holanda). É Master em Educação Ambiental pelo Instituto de Investigaciones Ecológicas (Espanha) e especialista em Liderança e Administração Universitária pela Inter-American Organization for Higher Education – Canadá. Cursou Pós-doutoramento na Universidade de Notre Dame (Estados Unidos), na área de Direitos Especiais, como bolsista do CAPES. Recebeu o prêmio internacional Gilles Boulet, da Inter-American Organization for Higher Education (OUI). É membro fundador e ex-Diretor-Presidente da Fundação Instituto da Biodiversidade e Manejo de Ecossistemas da Amazônia Ocidental (Fundação BIOMA). Foi Tutor do Programa Especial de Treinamento (CAPES) e Vice-Reitor da Universidade Federal do Acre. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Viçosa e do Programa de Mestrado em Direito Ambiental da Universidade Federal do Amapá. Autor de artigos científicos e livros na área de Direito, orientou e co-orientou alunos de Mestrado e Doutorado, no Brasil e no exterior. Entre seus trabalhos estão os seguintes livros: Meio Ambiente & Direitos Humanos (Editora Juruá, 2005); Meio Ambiente como Patrimônio da Humanidade – Princípios Fundamentais (Editora Juruá, 2008), e Manual Didático de Direito Agrário (Editora Juruá, 2010).


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GLÓRIA PEREZ
Natural de Rio Branco, Glória Maria Ferrante Perez viveu no Acre até os 16 anos. O pai, escritor e ministro de Justiça, Miguel Jerônymo Ferrante, e família, mudaram-se para Brasília, depois São Paulo e Rio de Janeiro. Cursou Direito e Filosofia na UNB, bacharelado e Mestrado em História (UFRJ). Começou a carreira de autora em 1979, no seriado ‘Malu Mulher’, da TV Globo. Em 1983, ela deu sequência a minissérie ‘Eu Prometo’, de Janete Clair, depois de a titular ficar doente. Sucessos no Brasil e exterior, ela recebeu nos Estados Unidos, do FBI e do DEA, prêmios pela campanha para auxiliar os dependentes químicos, enfocados na novela ‘O Clone’. Em: ‘Carmem’, de 1987, escreveu sobre Aids. Em ‘Barriga de Aluguel’, de 1990, tratou de troca de bebês em maternidades. Homossexualismo, deficiência visual, cleptomania, islamismo, foram outros temas. Em ‘Amazônia, de Galvez a Chico Mendes’, aviva a saga acreana de se incorporar ao Brasil. Glória Perez escreveu também ‘Partido Alto’, ‘Desejo’, “De Corpo e Alma”, ‘Explode Coração’, ‘Pecado Capital’, ‘América’, que ganhou o prêmio internacional Emmy, na categoria melhor novela. ‘Caminhos das Índias’ e ‘O Clone’ foram adaptadas para versões latinas: ‘Camino a las Índias’, na TV Azteca e ‘El Clon’, na Telemundo. É co-autora do livro de poesias Mercado de Escravas (Achiamé, 1984).

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MOISÉS DINIZ
Moisés Diniz é neto de nordestinos de Riacho do Sangue, no Ceará, e índios Ashaninkas das margens do Rio Amônia, em Cruzeiro do Sul, no Acre, um pequeno pedaço de terra amazônica que, para se tornar brasileira, pegou em armas na Revolução Acreana. Moisés Diniz é oriundo da Congregação dos Irmãos Maristas, aonde chegou a professar os votos temporários de pobreza, castidade e obediência. É formado em Pedagogia pela Universidade Federal do Acre. Aprendiz da luta em Tarauacá, cidade acreana aonde se estabeleceu em 1985, aí ajudou a organizar sindicatos de trabalhadores urbanos e extrativistas, organizações comunitárias, juvenis, indígenas, de cultura e de mulheres. Foi eleito vereador e vice-prefeito em Tarauacá e, atualmente, exerce o terceiro mandato de deputado estadual. Moisés Diniz, como ele mesmo diz, está mais para a poesia do que para a política. “A poesia é a nossa alma que herdamos dos tempos imemoriais quando o homem ainda não havia se tornado lobo do semelhante. A política é a ferramenta necessária para vencer os lobos e lutar pela felicidade humana”. Entre outras obras, escreveu: Exclamações Populares; Bandeira Gêmea e O Santo de Deus (Edições Bagaço, 2009).

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MARGARETE EDUL PRADO DE SOUZA LOPES
Margarete Edul Prado de Souza Lopes nasceu em São Paulo (SP), mas foi criada desde criança em Tarauacá (AC). Entre outros títulos e cargos é bacharel em Letras Clássicas (Rio de Janeiro), licenciada em Letras/Inglês pela (UFAC), mestra em Teoria da Literatura (Universidade Estadual de Campinas) e doutora em Literatura Brasileira (Universidade Federal da Bahia). Coordenadora dos Cursos de Letras da UFAC, foi a primeira diretora do Centro de Educação, Letras e Artes, fundadora, e coordenadora por 11 anos contínuos, da Universidade Aberta da Terceira Idade. Pesquisadora do CNPq, desde 1997, com trabalhos na área de Literatura, Gênero, Geração e Mitologia. Professora-adjunta, da UFAC, é coordenadora do Núcleo de Estudos de Gênero na Amazônia e dirige a Revista Seringal de Ideias. Publicou: artigos especializados e livros sobre as escritoras acreanas: “Motivos de Mulher na Amazônia” (EDUFAC, 2006) e “Vozes Femininas da Floresta”. E, para a UNB, o “Ensino à Distância sobre História da Educação no Acre”. Atualmente, orienta bolsistas de iniciação científica e do mestrado da UFAC.

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